Sobre
Ana Clara Miranda
Fotógrafa dos palcos, transeunte invisível entre o mistério dos bastidores e a magia das plateias. Revelo a mim mesma junto aos artistas que nos transportam para o nosso universo interno através de suas máximas expressões: música, dança, teatro, cenário, luzes, engrenagens, figurinos e principalmente o ponto de estofo de todas elas, onde tudo começou: a ópera!
Meu olhar é o resultado de aprendizados diversos, saberes instintivos e observação silenciosa. No meu saudoso pretérito perfeito estudei música, psicologia, dança e filosofia. Hoje, no meu tempo imperativo categórico, realizo tudo isso fotograficamente ‘porque é possível fazer a realidade de tudo isso sem fazer nada disso’, como aprendi com meu primeiro mestre de multiplicidades possíveis, Fernando Pessoa.
Comunicadora expressiva dos espumantes nos foyers e meditante solitária das trilhas sonoras das montanhas, necessito igualmente de arte e natureza para continuar a dar voz às minhas narrativas em preto e branco enquanto transito por todas as cores e possibilidades de expressão que vêm se apresentando diante de mim desde sempre e, assim espero, até o fim.
Dramaticamente cômica, utilizo linguagem visual para escrever minha música e palavras imagéticas para compor meus silêncios, eis o resumo da minha ópera.
